quinta-feira, 11 de junho de 2020

As viúvas da ditadura não se aguentam


Hoje, assisti perplexo a manifestação pacífica proposta da ONG Rio de Paz, coordenada pelo pastor presbiteriano Antônio Carlos Costa, que manisfestava pela morte dos quase, agora 40 mil brasileiros que perderam a vida nesta pandemia de Covid-19 e a inércia de um governo que não desceu do palanque, na Praia de Copacabana. Colocou cruzes, abriu covas na areia de uma das praias mais famosas do mundo, em frente de um dos símbolos da orla, o hotel Copacabana Palace. Um senhor, contrário a manifestação e a favor do governo federal, derrubou as cruzes que simbolizavam essas mortes. Autoritário, dizia impropérios, aplaudido por outros mais sem noção do que ele. Também ali estava um pai, que perdera seu filho de apenas 25 anos para o Coronavírus, que pedia respeito. Não houve empatia, apenas o desprezo. Uma polarização e falta de humanidade.

Em Cordeiro, na segunda-feira, o centro da cidade amanheceu com alguns cartazes nos postes, com mensagens Antifascistas e denunciando o racismo, a violência policial, o governo federal entre outros. No fim da tarde a maioria deles não estavam mais. Quem vestiu a carapuça, os arrancou.

Vivemos tempos difíceis, onde a intolerância e o desrespeito reinam. As viúvas da ditadura não se aguentam e
Saíram de seus sepulcros para sepultar a democracia. Vão encontrar resistência. Vamos lutar por democracia.

Isso tudo vai passar: esse governo nefasto, essa triste pandemia de Covid-19. Mas vamos nos manter como aliados da democracia. Sempre.

📸 O Estado de São Paulo.

quinta-feira, 4 de junho de 2020

Fascismo Não Combina com Cristianismo.



            Durante os anos de 1939 a 1945, o mundo viveu uma guerra que envolveu quase todos os países. O inimigo a ser combatido era o nazifascismo, encarnados nas figuras de Adolf Hitler, na Alemanha, e por Benito Mussolini, na Itália. Vivemos tempos verdadeiramente difíceis, que vitimou milhares de vida e transformou a sociedade.
            O fascismo, que atualmente tem ganhado as manchetes durante os últimos dias, foi uma doutrina política ultranacionalista e autoritária que chegou ao poder na Itália em 1922 com a eleição de Mussolini para Primeiro-Ministro do Reino da Itália. De retórica populista, com ênfase na acusação de inversão de valores, corrupção endêmica da nação e de exploração do país por estrangeiros. Traz ainda o racismo e a perseguição das minorias. São supremacistas raciais. À expressão extrema do fascismo foi sob a ideologia nazista, desenvolvida por Adolf Hitler. Outros exemplos de governos de inspiração fascista foram o de Salazar, em Portugal, de Francisco Franco, na Espanha, de Getúlio Vargas, no Brasil e Perón, na Argentina. Apesar de inspirar-se no Estado Novo de Salazar, Vargas mandou tropas brasileiras pra combater a ditadura fascista na Itália, com a Força Expedicionária Brasileira e acabou deposto em 1945. Voltaria mais tarde, por eleição direta.
            Com a eleição de Jair Bolsonaro em 2018, os valores fascistas voltaram a tona. Apesar de uma Constituição aprovada em 1988 com garantias democráticas, o presidente e seus seguidores tem dado uma guinada a ideologia fascista, liberal e de direita. Isso é perigoso demais e podem trazer consequências drásticas a democracia no pais.
            Mas uma coisa posso dizer com muita certeza: o cristianismo não combina com o fascismo. Jesus veio pra trazer liberdade ( Isaias 61.1-3). Sofreu, foi torturado por um sistema porque falava do amor como lei. A cruz é a chave dos grilhões que nos aprisionam. Me dói a alma quando vejo líderes cristãos apoiando abertamente as atitudes fascistas do presidente da república. Parecem o Sinédrio de Caifás.
            Eu espero que num futuro não muito longínquo, esses e essas líderes peçam perdão a nação brasileira por esse apoio descabido ao fascismo. O Salvador do Mundo jamais seria a favor da opressão do povo, pois veio para que sejamos verdadeiramente livres (Jo 8.36). Assim eu creio.

PS.: Eu defendo a democracia a todo custo, você pode votar em quiser, eu sempre vou defender o seu e o meu direito de dizer o que pensamos. Mas voto tem consequência, e é isso que estou falando, não induzindo a votar nos candidatos/partidos de minha preferência.