quinta-feira, 11 de junho de 2020

As viúvas da ditadura não se aguentam


Hoje, assisti perplexo a manifestação pacífica proposta da ONG Rio de Paz, coordenada pelo pastor presbiteriano Antônio Carlos Costa, que manisfestava pela morte dos quase, agora 40 mil brasileiros que perderam a vida nesta pandemia de Covid-19 e a inércia de um governo que não desceu do palanque, na Praia de Copacabana. Colocou cruzes, abriu covas na areia de uma das praias mais famosas do mundo, em frente de um dos símbolos da orla, o hotel Copacabana Palace. Um senhor, contrário a manifestação e a favor do governo federal, derrubou as cruzes que simbolizavam essas mortes. Autoritário, dizia impropérios, aplaudido por outros mais sem noção do que ele. Também ali estava um pai, que perdera seu filho de apenas 25 anos para o Coronavírus, que pedia respeito. Não houve empatia, apenas o desprezo. Uma polarização e falta de humanidade.

Em Cordeiro, na segunda-feira, o centro da cidade amanheceu com alguns cartazes nos postes, com mensagens Antifascistas e denunciando o racismo, a violência policial, o governo federal entre outros. No fim da tarde a maioria deles não estavam mais. Quem vestiu a carapuça, os arrancou.

Vivemos tempos difíceis, onde a intolerância e o desrespeito reinam. As viúvas da ditadura não se aguentam e
Saíram de seus sepulcros para sepultar a democracia. Vão encontrar resistência. Vamos lutar por democracia.

Isso tudo vai passar: esse governo nefasto, essa triste pandemia de Covid-19. Mas vamos nos manter como aliados da democracia. Sempre.

📸 O Estado de São Paulo.

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